
O psoas é um músculo profundo e central, que conecta o tronco às pernas, passando da região lombar até a parte interna do fêmur. Ele sustenta o eixo, participa da respiração e influencia diretamente o estado de equilíbrio e de repouso do sistema nervoso.
Por sua profundidade e delicadeza, o psoas não deve ser manipulado diretamente com pressão profunda. O Shiatsu, com sua abordagem de escuta e contato consciente, oferece um caminho seguro e efetivo para liberar e harmonizar essa região A qualidade do toque é mais importante que a força.
Os músculos abdominais superficiais, como o reto abdominal, não controlam o corpo como um todo.
É mais preciso compreender o psoas como o verdadeiro centro — um núcleo profundo que conecta diretamente as pernas, o diafragma e a coluna vertebral, influenciando todo o corpo.
A qualidade essencial desse núcleo é a combinação entre força e agilidade.
Por natureza, os núcleos são cheios e vazios ao mesmo tempo, ativos e silenciosos.
A cavidade que os define pode ser percebida no assoalho pélvico e no espaço entre os dois músculos psoas.
O núcleo é também um lugar de replicação, regeneração e reprodução — tanto em sentido físico quanto simbólico.
Assim, ele pode ser compreendido como um centro corporal e, ao mesmo tempo, um centro energético.
Efeitos e integração
Quando o psoas se equilibra, a sensação é de leveza e enraizamento ao mesmo tempo.
A respiração se torna mais profunda, o eixo corporal se realinha e há um sentimento de presença tranquila — o corpo se reorganiza de dentro para fora.
O toque no psoas, dentro da filosofia do Shiatsu, não é apenas um gesto físico, mas uma forma de reconectar o corpo ao seu centro vital (Hara).
Ao liberar o psoas, o corpo encontra apoio, fluidez e silêncio interno — qualidades que refletem o próprio estado de equilíbrio da energia vital (Ki).